O GH, hormônio do crescimento, é o grande responsável pelo estirão de crescimento que acontece durante a adolescência, ainda mantendo funções essenciais durante a vida adulta. O hormônio é produzido na parte anterior da glândula hipófise, que está localizada no centro do cérebro e sua função não se limita apenas a crescimento, também está envolvido com a restauração dos tecidos musculares, ósseos, produção de enzimas, integridade dos cabelos, unhas e da pele.
Pois é, o GH é produzido durante toda a vida, mas não de forma constante, uma vez que apresenta picos de produção em determinadas fases da vida e momentos do ciclo circadiano. Assim, na adolescência há uma maior produção diária do hormônio, seguida de um declínio gradual médio de cerca de 14% por década.
Nos últimos anos o GH ganhou um incremento especial no esporte e no fitness, sendo procurado principalmente por atletas que praticam modalidades onde a hipertrofia muscular é um fator importante. No entanto, o uso indiscriminado do hormônio pode trazer uma série de efeitos colaterais que vão desde inchaço corporal, dor nas articulações, aumento da musculatura cardíaca, indução do diabetes, a desenvolvimento de cânceres.


 O mesmo acontece com idosos que usam o GH para se sentir mais jovens, aumentar massa muscular e diminuir o acúmulo de gordura abdominal. Estudos mostram que o uso abusivo de GH nessa faixa etária também pode levar ao diabetes, ao aumento da musculatura cardíaca, com sérias alterações das funções das válvulas cardíacas, além de manifestações articulares.
Assim, o uso do hormônio do crescimento, independente do objetivo pretendido, deve ser feito apenas com a devida prescrição médica. Vale ressaltar que nem todos estes efeitos são observados no mesmo indivíduo e se o paciente for devidamente orientado pelo médico, de acordo com a dosagem e o tempo de uso do medicamento, o uso do GH pode se tornar uma terapia segura.